Viagem para Seychelles

As cores do mar são tão intensas - do verde esmeralda ao azul turquesa- que até parece coisa de photoshop. Visto do céu, quando o avião se prepara para pousar a impressão que se tem é que tudo aquilo seja um cenário, com centenas de pequenos pedaços de terra, espalhados por águas cristalinas, onde vivem milhares de espécies de peixes multicoloridos e florestas tropicais exuberantes. Um cenário que se aproxima do que a gente imagina ser o paraíso.

Isolado no Oceano Indico- são 1600 km até o Quênia, ponto mais próximo, na África - o arquipélago das Seychelles com tanta beleza e isolamento mais praias de areia branquíssima, temperaturas nunca inferior a 24ºC , é um dos destinos favoritos para casais em lua de mel. E não foi diferente para o casal real britânico, o príncipe William e Kate Middelton..

Das 115 ilhas que compõem Seychelles apenas 14 tem estrutura para turismo e três delas, as centrais Mahé, Praslin e La Digue, são as essenciais para o turista.Se você estiver em busca de agito, Mahé é o lugar. É onde fica a capital, Victória , e também o aeroporto e o porto onde atracam iates, ferry boats e vários navios de cruzeiros, durante todo o ano. Portanto, seja qual for sua escolha de viagem, Mahé , com apenas 27 km de comprimento ,será sua porta de entrada em Seychelles. Coberta por uma vegetação tropical densa onde crescem coqueiros, bananeiras, mangueiras e árvores de fruta pão, tem praias de areia branca e rochas de granito. Pequenina, Vitoria ou Port Victoria é a única cidade do arquipélago propriamente dita e tem sido constantemente remodelada, mantendo, no entanto, algumas lembranças do período colonial (inclusive uma réplica do Big Ben).Também vale a pena visitar por lá o Jardim Botânico, que apresenta diferentes árvores originárias das ilhas e um recinto de tartarugas gigantes, típicas do arquipélago ( elas podem ser vistas em diversos outros locais) e um precioso jardim de orquídeas.
Mahé concentra 90% da população, cerca de 90 mil habitantes) uma gente amistosa, resultado da mistura de negros, hindus e europeus que foram se estabelecendo por lá desde o século 17.

Na verdade, o primeiro ocidental pisar nesse pedaço de paraíso foi o português Vasco da Gama, em 1502. Passou por lá, batizou as Ilhas Amirante em sua própria honra (ilhas do Almirante) e foi embora. O arquipélago também foi refúgio de piratas, entrou na rota do comércio entre África e Ásia, foi ocupada pelos franceses ( seu nome vem de Jean Moreau de Séchelles, ministro de Luis XV) que introduziram colonos e escravos para plantar especiarias, mandioca, cana-de-açúcar, café, batata-doce, e,depois da queda de Napoleão, dominada pelos ingleses até a independência, em 1976. Tudo isso explica os idiomas falados nas ilhas: francês e inglês, além do , crioulo francês, também chamado "Seichellois creole".

 

Cartões postais

Praslin, outro dos cartões postais do arquipélago, tem magníficas praias, hotéis e resorts charmosos e florestas tropicais belíssimas, com espécies raras, plantas enormes e muito curiosas,. Aliás, impressionante por lá os seus famosos e gigantescos Cocos de Mer, também conhecidos como Double Coconut e também as tais tartarugas gigantes. Outra atração de Praslin é oferecer fácil acesso às demais ilhas do arquipélago, além de ser cercada por uma floresta tropical rica chamada de Vallee de Mai, Vale de Maio, que abriga as mais distintas e raras espécies de pássaros,declarada Património da UNESCO. Tudo isso mais o mar transparente a visibilidade chega a 30 metros e quente que fazem das Seychelles o lugar perfeito para mergulho.

La Digue, assim como Mahé e Pralin, é outra das ilhas graníticas de Seychelles e são essas pedras, de formas estranhas, quase esculturas, que adornam as praias e emolduram a paisagem de forma absolutamente original. La Digue é a predileta de muitos turistas porque ali a proximidade com o paraíso parece ser ainda maior. É, sem dúvida, a mais fotografada das ilhas, presente em postais e folhetos de turismo. É em Le Digue que fica Source d'Argent, praia que sempre está na lista das mais belas do mundo com suas pedras enormes, esculpidas pelos ventos, areia cintilante e águas transparentes . Aquele tipo de lugar que você nem acredita que exista. Prepare a câmera, clique muito e pode postar no facebook para fazer inveja aos amigos! E mais: em La Digue não entram carros. Quer se locomover? O jeito é caminhar, pedalar uma bike ou usar o carro de boi. E você não vai se arrepender.

 

Verão constante

Nas Seychelles as estações são caracterizadas pela mudança dos ventos e não pelas temperaturas que variam de 22º a 27º, durante julho e agosto (os menos quentes do ano) e entre os 27º e 32º, em março e abril. Os ventos de oeste sopram de outubro a março e, de sul a leste, de março a setembro, oferecendo condições ideais para prática de vela. Nos meses intermediários, quase sem ventos, a temperatura do ar aumenta e as condições ficam ideais para snorkeling ( abri/maio e novembro/dezembro) com visibilidade de mais de 30 metros.

Com características muito especiais, essa nação insular localizada no Oceano Índico ocidental, tem, como parte de seu território as Ilhas Seychelles propriamente ditas, as Ilhas Amirante, as ilhas Farquhar, as ilhas Aldabra e algumas ilhas dispersas sendo que o Atol de Aldabra é outro Patrimônio da Unesco, um paraíso natural onde vivem 152 mil tartarugas gigantes, além de abrigar uma grande diversidade de vida marinha.

Mas não é só no tamanho descomunal das tartarugas que Seychelles surpreende . O menor país da África registra o mais alto Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do continente africano.

 

Gastronomia

Peixes, naturalmente, dominam a culinária em Seychelles e, entre eles o atum e também peixe dos recifes, como o barba, o pargo e crustáceos, como caranguejos que compõem pratos típicos da região. Mas não falta o arroz e o frango, na culinária, tudo temperado com especiarias exóticas. Afinal, a gastronomia por lá é resultado da mistura dos povos que escolheram essas ilhas para viver: africanos, chineses, ingleses, franceses e indianos, o que explica a mistura de sabores. Leite de coco entra na composição de uma porção de receitas como o polvo ao coco e em algumas das especialidades locais como o Caril de coco, um ensopado de frango com leite de coco. Mas tem ainda o Bouillon tec tec, uma sopa bem condimentada feita com mariscos e o Daube de Banane, uma sobremesa típica feita com bananas cozidas no leite de coco. Aliás, além do coco e da banana, as ilhas ainda são pródigas em batata doce, mangas e jacas também nossas velhas conhecidas usadas ao natural e também na composição de pratos.
Para beber? Seybrew, a cerveja tipo alemã, produzida nas ilha ou o Fresh Lime, uma versão local da limonada servida com açúcar ou sal, conforme o gosto..E, como recomendação de quem vive por lá: não se esqueça de provar o Coco Damour, um delicioso licor local. antes de ir para cama.

Quer ir a Seychelles? Então confira se o passaporte está válido por sete meses e se tem vacina de febre amarela.