Tulipas. Tamancos. E um monte de atrações interessantes em um país pequenino, mas cheio de gente grande. Essa é a Holanda, também chamada de países baixos, mas que em matéria de turismo está por cima da carne seca.
E na Holanda tudo começa em Amsterdam. É a capital do país, a cidade mais famosa, é onde está o principal aeroporto... E, cá para nós, é um bom começo. Amsterdam tem inúmeras atrações.O coração da cidade é a praça Dam. Ela está a três quadras da estação central de trem e de lá você tem acesso as demais áreas. Se até aqui foi fácil chegar, prepare-se por que a partir daqui, Amsterdam vira um labirinto. São diversos canais em forma de U, concêntricos e muito parecidos. Perfeito para fazer turistas se perderem. O que não é necessariamente uma coisa ruim, já que a cidade toda é muito linda e nestas andanças você pode topar com um cantinho encantador que estaria fora de seu roteiro. Grandes achados já foram feitos por turistas perdidos em Amsterdam!
Perto da praça DAM, este mercado encanta, especialmente nos meses de verão. Uma enormidade de cores se esparrama ao longo da beira do canal, desde 1862. Você vai encontrar a tradicional tulipa holandesa, mas também outras espécies como gerânios. E também plantas e folhagens.
Nesse mercado de rua, ao lado de um grande edifício de tijolos vermelhos, funciona um mercado de pulgas, com achados como livros antigos, gravuras, roupas de segunda mão e antiguidades em geral. O dia ideal é segunda-feira. Aos sábados é uma feira orgânica.
É o edifício mais antigo em toda a cidade. Uma impressionante igreja construída em 1250 e que, apesar das inúmeras ampliações e remodelações, mantém intactas as pinturas no teto de madeira. Ironicamente está colada no Bairro da Luz Vermelha.
Este pequeno bairro é um cantinho charmoso da cidade, cheio de restaurantes românticos, lojinhas transadas e ruelas encantadoras. Para ir sem pressa e se perder. Desta vez, de propósito.
Este outro bairro é a última sensação da cidade. Abrigava a antiga fábrica da cervejaria Heineken e, depois que esta se mudou, o governo pretendia derrubar o bairro todo (que estava mesmo largado) e fazer um distrito empresarial moderno. Mas os moradores se mobilizaram e o que se viu foi uma renovação total, mantendo os edifícios históricos. Hoje p bairro é trendy, e a antiga fábrica virou Museu da Heineken, que se pode visitar.
E quando se fala em sexo, Amsterdam tem uma referência mundial, o Red Light District ou Bairro da Luz Vermelha. Se você não conhece, trata-se de uma região determinada onde a prostituição é legalizada. As profissionais do sexo ficam expostas em vitrines das casas especializadas, em trajes sumários. Os eventuais clientes negociam ali mesmo, no meio da rua, e são atendidos atrás da vitrine. No mesmo bairro, inúmeras sex shops se espalham vendendo milhares de artigos relacionados ao sexo.
Evidentemente há muitas pessoas que se escandalizam com essa prática, considerando imoral e um desrespeito às meninas expostas. Por outro lado, os defensores alegam que nenhuma delas está lá contra a vontade. E que com a regulamentação do bairro, elas tem apoio médico e psicológico e até sindicato próprio. E você, o que acha?
E em matéria de polêmica, Amsterdam não para por aí. Há também os famosos coffe shops de maconha, que se espalham pela cidade. Neles, locais e turistas podem comprar e fumar cigarros de maconha, sem estar infringindo nenhuma lei. Mas não se engane achando que Amsterdam vive envolta em uma nuvem de fumaça de cannabis. Na verdade, as mesma lei que permite também traz regras duras de funcionamento. E ai de quem desobedece.
- Só é permitida venda de 5g por cliente.
- Deve ser maior de 18 anos e provar isso.
- Nas casas que vendem maconha não se vende bebida alcoólica (por isso são cafés de maconha, e não bares).
- A maconha é permitida, mas o tabaco não. Então, é irônico, mas você não pode fumar um cigarro num café de maconha.
Enfim, se você não fuma, pode ficar despreocupado. Ninguém na rua vai fumar um cigarro de maconha. Assim como no Bairro da Luz Vermelha, os holandeses preferem permitir o ilícito, sob regras estritas, do que proibir e ter que administrar contraventores.
A segunda cidade a se visitar na Holanda é Roterdam. Cidade portuária, é mais voltada para os navios que para o turismo, mas tem suas atrações.
Uma enorme torre de 185 metros. Como se pode imaginar, tem uma linda vista da cidade e, em dias claros, até da Antuérpia, na Bélgica. Até aí, nada de mais. Mas na plataforma você encontra um simulador espacial, uma plataforma para bungee jumping, um restaurante chic e, para os mais românticos, suítes com o sugestivo nome de Heaven and Stars...
Construído com a idéia de mimetizar o ambiente original dos animais, o zoo de Roterdam tem várias áreas temáticas. Destaque para o corredor submarino, por dentro do tanque de tubarões. Nos meses de verão, é possível pernoitar no parque. Alguém se habilita?
Roterdam é o maior porto de toda a Europa. Isso não é pouca coisa. Por isso, excursões levam os turistas em um barco rápido, cruzando a baía e avistando a silueta da cidade através do porto.
Roterdam tem alguns ícones arquitetônicos muito interessantes. Como as curiosas Casas Cúbicas, um conjunto de 40 casas que foram construídas com inclinação de 45 graus. Por fora, um conjunto inusitado; por dentro, uma experiência única, já que toda nossa referência visual vai para o espaço.
Outro edifício de interesse é o Van Nelle Ontwerpfabriek, uma antiga fábrica de café e chá, toda em aço e vidro. Não seria novidade, mas o fato é que esta fábrica foi construída em 1930, quando tijolos eram a matéria prima e conceitos como espaço e luminosidade eram rotulados de frescura. A Casa Branca de Roterdam não tem nenhum parantesco com a homônima americana. Seu valor está no fato de que foi o primeiro arranha-céu de toda Europa, com 43 metros impressionantes para o ano de 1897. Também é uma amostra do estilo art-nouveaux holandês, e heróica sobrevivente dos bombardeios da segunda guerra.
Outras cidades que podem interessar são Haia, Utrecht, Delft... E entre uma cidade e outra você pode esbarrar com outra marca registrada do país, os moinhos de vento. Aproveitando a brisa marinha constante, os antigos moinhos eram parte da vida campesina. Hoje são relíquias dos velhos tempos, e dão lugar aos moinhos de energia eólica.
E se durante a viagem der fome, não hesite em conhecer a iguaria típica da Holanda, o croquete. Parece trivial, mas o croquete holandês possui diversas variações, com diversos tipos de carne na receita. E é bem maior que o croquete brasileiro, quebrando bem o galho na hora da fome. Porém, para sobremesa, não procure a famosa torta holandesa. Apesar do nome, esta deliciosa iguaria é uma invenção brasileira!
