Turismo de negócios é o ponto forte de Dubai, um dos sete emirados árabes. Diferente do que muitos pensam, o luxo e a riqueza presentes ali têm pouco a ver com o petróleo, que participa com cerca de 5% na economia. A grande atração deste emirado é a quase isenção de impostos para quem monta ali o seu negócio que o diga o setor da construção civil, que nos seis primeiro anos de 2010 cresceu em 325% a sua participação no Produto Interno Bruto de Dubai.
Nesse lugar que parece ter saído do futuro, tal o arrojo dos edifícios, entre julho e agosto as temperaturas podem chegar a 45 graus, mas por lá tudo é climatizado: do transporte público aos shoppings, dos hotéis e restaurantes às atrações turísticas.
O inglês é falado corriqueiramente e aparece, junto com o idioma árabe, nas placas informativas, nos cardápios e em tudo o mais que pode auxiliar o turista a se locomover, passear, fazer compras e se divertir.
Dubai é, até certo ponto, liberal com os visitantes, mas há algumas condutas obrigatórias. Por exemplo: para ir às compras ou freqüentar lugares para diversão e lazer, evite trajar roupas colantes, que definem o corpo ostensivamente. Para visitar mesquitas e outros locais religiosos, homens e mulheres devem cobrir os braços, as pernas e o colo. Nesses locais, é obrigatório às mulheres usar o véu.
Ainda que governado por leis islâmicas, que proíbem o álcool, Dubai é complacente com os turistas. Quase sempre localizados no interior de hotéis quatro e cinco estrelas, há bares e restaurantes licenciados para servir bebidas alcoólicas. Nos demais elas são proibidas, assim como em todos os locais públicos, incluindo as praias.
Aos tradicionais souks mercados de compras onde a barganha faz parte da tradição somam-se modernos centros comerciais, construídos conforme as mais avançadas técnicas de engenharia e arquitetura, para oferecer conforto e bem-estar à agradável prática de ir às compras.
A sofisticação arquitetônica e funcional dos shoppings pode deslumbrar, mas a visita a um souk é uma experiência memorável, especialmente à noite, quando uma infinidade de luzes de néon funcionam como faróis, orientando os visitantes através de um labirinto de vielas.
E o que há por ali, nos souks? Variedade que não acaba mais! Especiarias vindas da Índia, do SriLanka e de Zanzibar, sedas, óleos perfumados, pedras preciosas, tapetes tecidos manualmente e tantas e tantos mais, como o ouro.
O Gold Souk, em Deira, é uma homenagem à eterna atração do metal precioso. Estes mercados são a grande atração turística de Dubai. Impressionantes peças trabalhadas em ouro 18 e 22 quilates, engastadas com pedras preciosas estão por toda parte. É de entontecer e de instigar - também porque os preços são menos da metade daqueles do Ocidente.
O charme oriental dos souks é um dos muitos aspectos das compras em Dubai, enquanto os modernos e atraentes shoppings estão espalhados em vários pontos da cidade, alguns com paredes de mármore e cascatas, e todos climatizados.
Enquanto de um lado as águas azuis do Golfo Pérsico dão a impressão de ser o piscinão de Dubai (o emirado está praticamente ao nível desse que é um braço do Mar da Arábia), de outro lado está o deserto do Médio Oriente.
Pois é. Um desertão de meu Deus, e lá vem neve! No interior do Mall dos Emirados - um shopping center com 223 mil m2 de área construída, há restaurantes com os mais exóticos cardápios que possa imaginar o comum mortal, lojas e mais lojas luxuosas, e também o Sky Dubai.
No Sky Dubai há pistas que oferecem diferentes graus de dificuldade, teleféricos e toda a parafernália própria de uma estação de esqui. Tudo dentro de uma gigantesca tubulação que fabrica neve dia e noite, sem interrupção, em temperatura mantida a menos dois graus. É o maior centro mundial de esportes na neve, no interior de um espaço fechado.
Esquiou? Então, agora chega de neve, porque o caminho é pouco mais além, para um divertido rally pelo deserto. Dunas e mais dunas, até chegar às fazendas de camelos e de dromedários, e, se quiser, jantar numa tenda, ao estilo da terra. Fantástico!
Se você quiser estender um pouco além, sempre para o Sul, dará de cara com Abu Dabhi. Mas está já é uma outra história, que você encontra navegando por aqui.
Um arquipélago formado pelas três maiores ilhas artificiais do planeta, deitadinhas nas águas do Golfo Pérsico, como quem quer tudo. As Palm Islands de Dubai, como diz o termo, têm formato de palmeiras, e entre elas faixas de continente, também artificiais, claro, continuam recebendo construções e mais construções. São centros residenciais, comerciais e de lazer, num landscape de cair o queixo. Só vendo para crer!
O Wild Wadi de Dubai, que foi inaugurado em 1999, custou 100 milhões de dólares e praticamente já se pagou. O parque aquático tem dezenas de brinquedos, incluindo praia para surf e o segundo maior tobogã do mundo (o campeão em grandeza está nos Estados Unidos). Está instalado num prédio que tem a forma de uma onda, o que bem combina com o vizinho Burj Al Arab, hotel em forma de uma vela ao vento, único sete estrelas do planeta. Ambos ocupam parte dos espaços artificiais criados para as ilhas.
O caçador de pechinchas não pode perder uma ida ao bairro Karama, um pouco afastado do centro, na direção do Trade Center. No Karama, também muito frequentado por moradores no emirado, o ambiente é acolhedor e bem agradável. Pequenas lojas e restaurantes, graciosos cafés, plaground e um mini-universo de ofertas: calçados feitos no Líbano, a mão; camisetas da Tailândia, bolsas da China são alguns poucos exemplos do que é encontrado no bairro.
Inaugurado em 1983, o Duty Free de Dubai ganhou vários prêmios internacionais e é reconhecido mundialmente pela variedade de produtos e pelos preços imbatíveis.
Em Karama, assim como em Hamriya, os mercados de peixes, frutas e vegetais constituem animados passeios e boas oportunidades para fazer fotos e vídeos com flagrantes das práticas locais de comércio, bem diferentes das ocidentais. Sem contar a variedade e o tamanho dos peixes, ambos enormes!
Em Dubai a opulência mora em cada esquina, e a arquitetura contemporânea está por toda parte, arrojada e impressionante, a exemplo das altíssimas Emirates Towers que se erguem acima da Avenida Sheikh Zayed e do extraordinário Burj Al Arab.
Para curtir contrastes, a dica é visitar Bastakia, bairro tradicional de Dubai, muito bem conservado, deixando ver um labirinto de casas árabes antigas, com torres de vento.
Hotéis magníficos, com ótima estrutura de lazer estão em Madinat Jumeirah, lugar que é a reprodução de uma cidade árabe.
Para compras, de maneira geral, Dubai funciona das 9 às 13 horas; e das 16 às 21 horas; shoppings, das 10 às 22 horas; os supermercados funcionam de segunda a segunda-feira, e muitos permanecem abertos 24 horas. As lojas fecham para as orações de sexta-feira, das 11h30min às 13h30 min.
