Viagem para Dinamarca

 

Misto de contos de fada onde não faltam castelos, rainha, príncipes e de modernidade, com arrojada arquitetura, design inovador, qualidade de vida invejável, a Dinamarca esbanja beleza espalhada em um território plano composto por uma península e mais de 400 ilhas e na principal dela, Zelandia, fica a capital, Copenhague. Desse território recortado, cheio de baías, partiam os vikings, os ancestrais que deixaram os cabelos louros como marca registrada aos dinamarqueses de hoje, um povo bonito, alegre e comunicativo que chega até a ser chamado de os italianos da Escandinávia. A proximidade com o continente Europeu faz com que a Dinamarca seja a porta de entrada natural aos países escandinavos, além de ser passagem obrigatória na navegação no mar Báltico.

O Reino da Dinamarca é uma monarquia constitucional com um sistema parlamentar e  destaca-se, principalmente, por seu altíssimo nível de igualdade de riqueza; chegou a ser considerado (entre 2006-2008) "o lugar mais feliz do mundo", com base em normas de saúde, assistência social, e educação. Para nós, brasileiros, outro índice surpreendente: o país foi considerado o menos corrupto do mundo, troféu compartilhado com Suécia e a Nova Zelândia.

Com tantos predicados certamente é um dos destinos que mais encanta os turistas e, nele, Copenhague é obrigatória. Nascida como porto de mercadores, tradução exata de seu nome, data dos anos 1100 e parte da velha cidade ainda pode ser vista em Nyhavn, antiga região portuária do século 17, cortada por canais ao longo dos quais se alinham sobradões coloridos estilo holandês, com numerosos cafés, bares e restaurantes. Um bom jeito de ter uma noção da geografia da cidade é tomar um dos barcos que serve de transporte público e percorrer canais, observar a vida animada, especialmente nos meses de verão quando todo mundo fica nas ruas, nas praças, parques, aproveitando cada raio de sol ao máximo, depois do inverno rigoroso e com dias extremamente curtos.

Copenhague tem uma arquitetura harmoniosa, com prédios da mesma altura no centro, área praticamente toda para pedestres, com exceção apenas para as rotas de bicicleta, o transporte por excelência dos dinamarqueses. Ponto obrigatório é a Rådhuspladsen, ou Praça da Prefeitura (ali também que fica o famoso relógio astronômico) onde tudo acontece, local das manifestações públicas e também de onde se pode ter uma vista panorâmica da cidade, do alto do prédio da municipalidade. Cansou? Então basta, sentar por ali, num dos cafés e provar o famoso chocolate quente acompanhado da legítima Danish pastry, pão doce com canela e passas, exportado com sucesso para todo o mundo. Ou então degustar o cachorro quente dinamarquês, Danish Pølsevogne, vendido nos carrinhos, por ali. O que fazer depois? Compras na Strøget, com lojas de todas as marcas, especialmente de roupas, produtos de beleza, perfumes. Ou então aproveitar para relaxar no Tivoli, um grande parque de diversões bem central, onde, além das esperadas rodas gigantes e outros brinquedos modernos, ainda tem jardins impecáveis, super agradáveis para caminhar e uma série pavilhões onde acontecem apresentações de diferentes estilos musicais, além de oferecer opções gastronômicas variadas, em cafés, restaurantes.

 

Sereia, castelos, Hamlet, museus e mais

 

A Pequena Sereia, escultura em homenagem ao conto do mais famoso dos escritores dinamarqueses, Hans Christian Andersen está, há quase cem anos, contemplando o mar em  Langelinie, e é ponto obrigatório para fotos. Rundetaarn, ou a torre redonda é outra curiosidade da cidade, o mais antigo observatório astronômico da Europa, datado dos anos 1600. Se não há mais telescópio em uso, pelo menos depois de subir suas rampas em espiral haverá uma bela vista da cidade

Entre os pontos de atração de Copenhague estão o castelo de Amalienborg, residência de verão da Rainha, composto por um conjunto de quatro palácios idênticos  e que tem algumas alas abertas para visitantes. É ali que acontece - quando a rainha está a troca da guarda, com soldados que parecem saídos de contos de fada, todos os dias, ao meio dia.

Na mesma ilha onde está a capital dinamarquesa, na região chamada de Elsinore, fica o Castelo Kronborg, um dos mais importantes castelos renascentistas da Europa setentrional e talvez mais famoso ainda porque foi usado por Shakespeare como cenário para a tragédia de Hamlet o que lhe rende, anualmente, a visita de mais de 200 mil turistas.

Se arte está na agenda, vale visitar o Museu Nacional, com acervo arqueológico e também relíquias vikings e também o  Ny Carlsberg Glyptotek, o museu de arte de Copenhague, com importante acervo de pinturas européias.

 


O melhor restaurante do mundo


Anote: - Strandgade 93 ,1401 Copenhague. Este é o endereço do Noma, considerado, em 2010, como o melhor restaurante do mundo pela British Restaurant Magazine, o Oscar da gastronomia. Mas não se esqueça de reservar bem antes da viagem porque, como era de se esperar, há demora de vários meses para se conseguir uma mesa. Mas não bastasse isso, Copenhague tem nada menos do que 11 restaurantes estrelados pelo guia Michelin o que lhe confere, merecidamente, o título de capital gastronômica do norte da Europa.
Mas se suas aspirações são mais simples, saiba que na Dinamarca come-se bem seja o mais tradicional Smørrebrød, sanduíche aberto à moda dinamarquesa com centenas de variações ou refeições tradicionais onde predominam os laticínios, peixes  (salmão e herring, principalmente) batatas, cenouras. Tudo acompanhado por molho de mostarda. Mas esqueça a mostarda que você come com cachorro quente. Cremoso, amanteigado, ao mesmo tempo muito saboroso, ele acompanha praticamente todas as carnes , batatas, ovos. E tem mais: a Dinamarca é pioneira na produção de produtos orgânicos assegurando matéria prima de alta qualidade - sejam cordeiros, galinhas ou laticínios. Para beber, Akvavit, uma aguardente de cereais tomada geralmente acompanhando cerveja, a mais popular das bebidas e que tem a Carlsberg como orgulho nacional. Quem quiser poderá visitar a fábrica fundada por J.C. Jacobsen em 1847, em Copenhague. E mais: se quiser ir ainda mais a fundo na experiência de mestres cervejeiros, é possível visitar cervejarias menores como Bryggeri Skovlyst, Bryggeri Skands, Brøckhouse, Wiibroe Haandværksbryggeri, de nomes complicados mas com ótima reputação na fabricação das loiras.

 

Outras atrações

Diz a lenda que a deusa Gefion separou Zelanda da Suécia, formando esta  ilha, no meio do estreito que separa Dinamarca da Suécia. Folclore aparte, a verdade é que Copenhague fica muito próxima da cidade de Malmo, na Suécia, ligadas por uma ponte, tornando muito fácil o vai-e-vem entre os dois países. Uma dica para passeio de um dia.Saindo de Copenhague há muitos destinos para visitar. Como Ribe, a mais antiga das cidades escandinavas, centro de comércio ativo nos anos 700. Vale a visita ao Museu Ribes Vikinger, com farto material medieval e dos vikings.Se estiver com crianças, a Legoland, um parque temático de 10 hectares (adultos também gostam) feito com 42 milhões de peças formando muitas réplicas de edifícios famosos, em miniatura.Viajantes de qualquer idade vão aproveitar Odense (a uns 140 km de Copenhague), a cidade natal de Hans Christien Andersen, o autor de  tantas histórias amplamente conhecidas no mundo todo  como ' A Pequena Sereia', 'O Rouxinol', 'O Patinho Feio' . Nesta cidade, o escritor está por toda parte, homenageado em nomes de ruas e estátuas. Lá também está H.C. Andersen Hus, sua casa, conservada do jeito que era quando ele viveu.
 
E ainda tem Lindhom, uma cidade do ano 100 d.C., soterrada pela areia, com cemitério viking intocado Tudo isso e mais uma intensa agenda musical, com espetáculos regulares tanto de música clássica, na moderna Opera como concertos de rock.

 

Idioma, moeda

O idioma oficial do país é o dinamarquês, uma língua difícil, misto de alemão e sueco, que tem, no alfabeto, além das letras conhecidas, outras com traços, acentos em forma de bolinhas  para formar diferentes fonemas. Mas não se preocupe com isso porque inglês é falado por toda parte, ensinado nas escolas, desde o primário.

Membro da União Européia, a Dinamarca não aderiu, no entanto, ao Euro. A moeda oficial é a Coroa dinamarquesa. Cartões de crédito, débito facilitam a vida do turista que não tem que se preocupar com câmbio