A cidade, que fica a apenas uma hora de voo de Lima, é um caminho obrigatório para quem vai a Machupicchu. Mas Cusco está longe de ser apenas um mero ponto de passagem. É uma das cidades históricas mais belas do continente, com igrejas coloniais, sítios arqueológicos e um astral muito legal com turistas do mundo inteiro passeando por suas vielas centenárias. Cusco foi a capital do império dos incas, que a batizaram de Qosqo, umbigo do mundo em idioma quéchua. Boa parte das antigas construções dos incas ficaram preservadas. Os conquistadores espanhóis, liderados por Pizarro, dominaram Cusco em 1532, mas aproveitaram os muros de pedras das casas e templos dos nativos como fundação para erguer as suas próprias construções, criando uma inusitada fusão arquitetônica. O Convento de Santo Domingo é uma boa representação dessa mistura. No pátio do convento está o que sobrou do Koricancha, o mais importante templo inca. Em 1950, um terremoto pôs abaixo o mosteiro espanhol, mas os inabaláveis muros de pedras do Koriconcha permaneceram de pé

O coração da cidade é a Praça de Armas, rodeada por arcadas históricas e duas lindíssimas igrejas coloniais: a Catedral de Cusco e a Igreja da Companhia de Jesus. Já nos arredores, impressiona as ruínas da Fortaleza de Sacsayhuaman, um sítio arqueológico inca cujos muros são edificados com pedras imensas, de muitas toneladas, encaixadas umas às outras milimetricamente, sem qualquer cimento ou liga.Uma particularidade de Cusco é que a cidade está a 3.200 metros acima do nível do mar. Antes de sair para bater perna é preciso adaptar o corpo a altitude. É comum sentir-se meio zonzo ou ofegante nas primeiras horas. São sintomas da soroche, o mal de altura. Para aclimatar o corpo, um chá de coca cai bem.